casa dos cajueiros
terra capobianco + galeria arquitetos
autoria
ana terra capobianco
fernanda neiva
2019
ubatuba, sp
792m²
fotos
nelson kon
colaboração
liliane nambu
video
Sandro Kakabadze
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7º Prêmio Saint-Gobain de Arquitetura-Habitat Sustentável
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Mies Crown Hall Americas Prize – New Architecture in a New World
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Building of the Year 2020 - Archdaily
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International Prize for Sustainable Architecture Fassa Bortolo
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Bienal Panamericana de Arquitectura de Quito
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3º Prêmio Oscar Niemeyer de Arquitetura Latino-Americana
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A Casa dos Cajueiros, na Praia Vermelha do Sul em Ubatuba, localiza-se em frente à faixa de marinha, e sua implantação discreta não se revela de imediato aos banhistas. A frente do lote – com 33 metros de largura e 80 metros de profundidade - é ocupada por troncos tortuosos e ramos irregulares, resguardando a casa entre a luz e a sombra das copas dos cajueiros.
A estratégia para ocupação do terreno foi tirar partido do intervalo entre as copas das árvores, não havendo necessidade de remoção das espécies pré-existentes no terreno. A ocupação é térrea e estruturada a partir de um eixo claro de circulação que conecta a área social da íntima.
A residência está implantada em quatro cotas de níveis. A cota mais baixa e próxima ao mar concentra a área social, de lazer e serviço. Na mesma cota um volume foi implantado próximo ao acesso da praia, abrigando a sauna e o depósito de pranchas.
Distribuídas ao longo de um corredor de 33 metros de comprimento as seis suítes são implantadas permitindo um intervalo entre elas. As suítes ganham varandas que acessam pátios privativos.
Empenas de concreto pigmentado em tom rosado definem os módulos dos dormitórios. O limite entre o dentro e o fora se dá pela pele de veneziana em ripas verticais.
A estrutura da Casa dos Cajueiros mistura o sistema convencional em sua estrutura de base - com laje de piso armada, e pilares e empenas de concreto - com a cobertura em estrutura de madeira laminada colada de eucalipto.
Na área social, placas de 12 centímetros de espessura e 30 centímetros de largura de madeira vencem 7,30 metros de vão mais 2,10 de balanço. No sentido transversal, uma viga invertida também de madeira recebe a carga das placas e a redistribui em três esbeltos pilares metálicos. As placas são intertravadas formando uma grande laje. Em seu outro sentido o resultado é um espaço contínuo de 19 metros livre de apoios. Para os módulos dos dormitórios foi utilizada uma estrutura mista de vigas de madeira laminada colada e placas de painel wall.
A área social se abre 180 graus para a paisagem do entorno, beirais generosos protegem os caixilhos e promovem sombreamento para os ambientes internos.
Foram adotadas diversas estratégias de design passivo para garantir conforto ambiental aos usuários, a começar pela abundante presença de janelas piso teto que garantem renovação de ar constante, a ventilação cruzada e iluminação natural.